Domingo, 8 de Abril de 2007
Me empresta
sua sombra nessa
noite sem lua.
A minha felicidade mora
às duas e meia da tarde
no sono da minha mãe.
Simples assim.
Dias sorriso,
Outros sombrio.
Minha felicidade cresce
à meia luz,
no sorriso flor do meu
amor.
Minha felicidade morre às seis
e meia da tarde.
O retrato não fala.
Cala.
E a minha pergunta?
A minha felicidade se aninha
no ombro de Maria.
A santa e a filha.
E acorda atropelada no
pulo do gato.
Ele , não.
O filho são.
Passei esse perfume
forte logo cedo.
Francês e doce.
É para afastar
a fragância tênue
da manhã e te
levar assim de prumo
o calor da minha voz.
Como quem diz assim ó:
Tô aqui.
Doce querida menina
desperta do seu sono.
Quem te chama é
quem te acolhe.
Quem te chama é a
mulher que te recolhe.
Vem volta cá à vida.
Já não tão sombria
como temias.
É verdade.Já te foram o pai ,
a mãe , a mão, um irmão.
Uma lágrima.Não.Um vale delas.
Veio o flor , o amor
Veio o rio.
Rio.
Esse em forma de
filhos.
Veio a idade em
forma de jade.
Veio o tesouro.
Ainda te faltas
o ouro.
Quem te abriga cara
amiga é a casa
que cozinha esse feijão.
com cheiro de doce.
Tua alma está tão
aqui que chega a me
doer.
Vem...
E aproveita me empresta
sua sombra nessa
noite sem lua.
É porque passeio
nua.
sinto-me: FELIZ